quinta-feira, 27 de maio de 2021

EGOÍSTA - TEMPO SUSPENSO - Editorial de Mário Assis Ferreira

 


Tempo Suspenso


Vagueamos num tempo suspenso.
Tempo traidor, que nos secou o tempo...
Como se, subitamente, o existir pairasse entre dois mistérios que se confrontam. Como se vestíssemos corpos desabitados: exaustos da ausência, tementes da proximidade.
Mas há sempre um céu a vislumbrar...
Mais longínquo, talvez, qual vizinho à janela, subitamente mais arredio.
O Céu, porém, pode ser luz ou crepúsculo.
E nesse espectro claro/escuro, eis que nos surge a tentação de Pensar.
Pensamentos solitários, hesitantes na dualidade entre a claridade da esperança e as trevas do desalento.
Numa dicotomia que antecede a razão e nos reconduz à inelutável interrogação: quem éramos, quem somos, o que nos resta voltar a ser?
Fessa dúvida existencial nasce a angústia do futuro.
Será que o futuro nos reserva um recomeço? Ou será que, na sua exiguidade, ele nos limita ao ensejo de um novo começo?
Incerteza que nos impele a adivinhar o porvir e nos dita como presságio a sujeição a um novo começo!
Pois que o tempo parou o tempo, qual salto quântico que nos remete para uma nova era e nos transporta, de um passado que já foi, para um futuro que ainda não é.
Que chegue, pois, cru e lestro, esse novo começar!
E que, ao invés do desânimo, ele nos mobilize em ânimo de resiliência.
Uma resiliência que se alicerce no pensar, qual acto heróico quando se pensa contra o tempo.
Até porque basta o querer, para sermos o que pensamos.
E o pensamento é o prelúdio da acção!
Nesse mergulho reflexivo, nessa dádiva que é o privilégio de pensar, aprenderemos a mitigar receios e encontrar respostas.
Mas respostas que saibam voar para além de egocentrismos e respeitem, na sua abrangência, valores colectivos que nos complementem, suprindo lacunas que nos ultrapassem.
Porque em solitário individualismo, jamais lograremos mudar o mundo: só o mundo, em assomo de ingente solidariedade, pode mudar-se a si próprio.
Bastará que instintos se regenerem, idiossincrasias se esbatam e prevaleça a Razão!
Sem que deixemos de ser o que somos.
Pois o que somos não muda.
O que muda é o que pensamos!

Editoril de Mário Assis Ferreira

A revista “Egoísta” está à venda no Clube IN do Casino Estoril e do Casino Lisboa. A “Egoísta” tem, ainda, uma campanha de assinaturas e está disponível em www.egoista.pt 

quarta-feira, 19 de maio de 2021

EGOÍSTA - TEMPO SUSPENSO - Edição Especial


Estoril Sol lança em edição especial

“Egoísta - Tempo Suspenso”

 

Propriedade da Estoril Sol, a revista “Egoísta” acaba de lançar “Tempo Suspenso”, num oportuno convite à reflexão dos seus leitores. Referência do meio literário, a revista mais premiada a nível europeu, apresenta-se numa edição especial, distinguindo-se, uma vez mais, pela excelência dos seus portefolios.

 

“Vivemos um ano original e inesperado. O tempo suspendeu-se por razões várias. Tivemos de rever as nossas prioridades, os nossos afectos, a maneira como fazíamos os nossos dias, o que imaginávamos ser o futuro. A “Egoísta” é um reflexo deste tempo, é uma edição especial composta por colaboração de qualidade ímpar e diversificada, proporcionando uma espécie de crónica dos tempos, um registo desta suspensão que afectou a Humanidade”, explica a editora Patrícia Reis.

 

“Daniel Blaufuks interpreta o tempo com um portfolio poético e dentro do registo do seu trabalho. Teolinda Gersão traz-nos um conto sobre a desordem, os animais e as plantas, o caminho que trilhamos. Raquel Serejo Martins é a nossa poeta para esta edição especial. João Porfírio recorda-nos o impacto da morte, os rituais reinterpretados e limitados que a Covid-19 obrigou a redesenhar. João de Melo escreve sobre como o ser humano "escapou dos nossos olhos". Apresentamos um portfolio de pintura de Paulo Damião numa inspiração humanista. Bruno Vieira Amaral reflecte, numa narrativa ficcionada, sobre a forma como um homem entende o tempo morto, como escreve a vida. Catarina Branco expõe as suas peças tridimensionais e misteriosas. Francisco Zenha Preto, num registo poético, apropria-se do tempo e pede mais um pouco. Por fim, publicamos um conto do mais português dos escritores italianos, Antonio Tabucchi. “E de repente, no início da vida” é o título do portfólio de ilustração de Teresa Freitas. Salvador Sobral escreve-nos sobre a suspensão na música”, refere, ainda, Patricia Reis.

 

Escreve Mário Assis Ferreira, Director da “Egoísta” no editorial: Vagueamos num tempo suspenso. Tempo traidor, que nos secou o tempo… Como se, subitamente, o existir pairasse entre dois mistérios que se confrontam. Como se vestíssemos corpos desabitados: exaustos da ausência, tementes da proximidade.

 

E prossegue: “Mas há sempre um céu a vislumbrar… Mais longínquo, talvez, qual vizinho à janela, subitamente mais arredio. O Céu, porém, pode ser luz ou crepúsculo. E nesse espectro claro/escuro, eis que nos surge a tentação de Pensar. Pensamentos solitários, hesitantes na dualidade entre a claridade da esperança e as trevas do desalento. Numa dicotomia que antecede a razão e nos reconduz à inelutável interrogação: quem éramos, quem somos, o que nos resta voltar a ser? Dessa dúvida existencial nasce a angústia do futuro. Será que esse futuro nos reserva um recomeço? Ou será que, na sua exiguidade, ele nos limita ao ensejo de um novo começo? Incerteza que nos impele a adivinhar o porvir e nos dita como presságio a sujeição a um novo começo!”.

 

Lançada em 2000, a Revista “Egoísta” foi já galardoada com 93 prémios nacionais e internacionais na área do jornalismo, design, edição, criatividade e publicidade, o que a torna na publicação mais premiada a nível europeu.

 

Em mais uma edição de colecionador, a “Egoísta – Tempo Suspenso”, como as restantes, é para guardar. Os leitores da revista “Egoísta” podem encontrá-la à venda no Clube IN do Casino Estoril e do Casino Lisboa. A “Egoísta” tem, ainda, uma campanha de assinaturas e está disponível em www.egoista.pt

 

domingo, 2 de maio de 2021

DIA DA MÃE 2021

Isabel Nogueira
Bárbara Barroso (filha) e Isabel Nogueira 
Opção de cores suaves para a Mesa do Dia da Mãe 2021
Os presentes da minha filha foram da ARCÁDIA


DIA DA MÃE 2021


Catorze meses depois do primeiro Estado de Emergência e no segundo dia, após a saída do 15º Estado de Emergência, a viver neste momento, o segundo dia do Estado de Calamidade, devido à Pandemia que assola o Mundo, celebramos o Dia da Mãe 2021, com um singelo almoço a dois.

Sou filha, mãe e avó (mãe duas vezes). Este é o segundo ano, que festejo o Dia da Mãe, apenas com um almoço a dois.

A todos os seguidores INParties, desejo um FELIZ DIA DA MÃE!