Revolucionar
(… )
Sobrou-nos a Liberdade, herdeira dessa Revolução. E, porque intacta e
perene, convertemos a Liberdade em sinónimo da Democracia.
O que, por definição, inculca o principio de uma Liberdade Responsável.
Pois que a Liberdade, enquanto emanação da Democracia, só permanecerá
intacta se for um direito ao cumprimento do próprio dever.
E só continuará perene se for um dever ao respeito do direito à Liberdade
do próximo.
É nessa responsável simbiose de limites e capacidades que habita, em
Democracia, a autêntica Liberdade.
A de chegar até ao fim do pensamento.
A de gritar a própria insatisfação.
A de acusar a injustiça sofrida.
A de aceitar dificuldades inevitáveis, superando frustrações
desmobilizadoras.
A de mudar o que carece ser mudado – o próprio mundo talvez.
A de “Revolucionar” ideias pré-concebidas, preconceitos anquilosados,
ideologias bafientas.
A de escolher, em Liberdade, as nossas próprias prisões.
Foi esse o precioso dote que o 25 de Abril nos legou.
Volvidos 40 anos, é tempo de agradecer esse sopro de Liberdade que, de
início, nos embriagou, mas que o tempo soube sazonar em maturidade responsável.
Uma Liberdade que, sem nos mudar, nos transformou.
Porque o que somos não muda.
O que muda é a Liberdade do que escolhemos ser!
(Excerto do Prefácio REVOLUCIONAR de Mário Assis Ferreira na Egoísta de
Abril 2014)
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