Estoril Sol lança nova edição da “Egoísta”
“Receitas para a Vida”
Dizem que Deus sorri quando nos vê elaborar um plano.
Na indulgência desse sorriso revela-se a nossa frágil pequenez, qual partícula de insignificante matéria na infinitude cósmica de um desígnio divino.
Assim retornamos à verdade da nossa condição humana, não raro prisioneiros de uma angústia vizinha da solidão, de uma impotência que induz à frustração.
Estamos a emergir de dois penosos anos, sobreviventes de um “mundo composto de mudança”, confrontados nessa mudança composta de um mundo incerto, excepto na paradoxal certeza de que a vida nos exige um novo começo.
Que esse novo começo seja a esteira rolante dessa máquina do tempo que nos empurre para a frente, que nos impeça de ficar parados sem hiatos de desistência!
Pois que, de tão inexorável essa torrente do tempo, eis um presente que nem sequer existe: quando o vivemos e dele temos a percepção cognitiva, já esse presente se transmutou em passado, já o passado nos reclama o futuro.
E ainda que se possa perder a noção do tempo, que jamais se perca o sentido da vida!
Como se o dealbar de um anseio começasse num sorriso.
E um sorriso fosse a antecâmara da vontade de ser feliz.
Deus nos perdoe a heresia de lhe despertar o sorriso, mas este estranho mundo exige-nos um plano de ensaios de felicidade.
Esse, o receituário que, desta feita, nos serviu de inspiração.
Sem esquecer que não há receitas para ser feliz…
Mas sempre vale a pena tentar o devaneio. A vida passa tão lesta que, dos seus sabores, os mais gratificantes são aqueles
cujos ingredientes nem conseguimos definir, pois parecem fundir-se num só.
Nessa fusão de vivências reside o anseio de uma felicidade almejada, qual ilusão oscilante que tantas vezes se perde para de novo se achar.
Busquemos, pois a título de exemplo, alguns desses ingredientes prazerosos que nos dão sabor à vida:
o aconchego da família ;
a partilha do amor;
o desfrutar da amizade;
a gratidão de uma dádiva;
o enleio de uma boa gastronomia;
a experiência de um hotel de charme;
o prazer de uma conversa inteligente;
a comoção perante o belo da Natureza, da Arte, da Música, de um bom livro, do filme que nos fez sonhar, da viagem que sempre quisemos fazer;
e - quem sabe? - brindar à vida até a madrugada perder a timidez.
Basta, afinal, que esqueçamos a nossa pequenez e a troquemos pela magnitude do desígnio de viver.
“Se Deus quiser! …”
Editorial de Mário Assis Ferreira
EGOÍSTA - 21 ANOS - 93 PRÉMIOS
A revista “Egoísta” está à venda no Clube IN do Casino Estoril e do Casino Lisboa. A “Egoísta” tem, ainda, uma campanha de assinaturas e está disponível em www.egoista.pt
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