Miguel Rodrigues
Renovada, a Marina de Cascais recebeu uma obra majestosa que chega agora às portas do Atlântico depois de se ter exibido no lago do Palácio Fronteira em Lisboa.
DINASTIA é uma das suas mais recentes coleções de esculturas, uma série de formas vaidosas e que se impõem como uma família soberana. As obras exibiram-se nos jardins do Palácio, senhoriais, com a pompa e a circunstância dos senhores de uma DINASTIA. Sem humildade, mas silenciosas, respeitadoras do património dinástico que as acolhe.
DINASTIA leva-nos a uma viagem imaginária através de um caminho de poder, senhorio e comando. DINASTIA de Miguel Rodrigues são esculturas que viajam num voo imaginário levando consigo, espalhando e perpetuando esses valores soberanos, no caminho para um território de liderança, unificado, sólido.
Às portas dos mares de todas as aventuras e de séculos de partidas e chegadas, à saída para gloriosas descobertas, DINASTIA de Miguel Rodrigues na praça central da Marina de Cascais é como uma ave alerta na fortaleza que ali ao lado zelou pela nacionalidade. Uma ave patriota!
Para celebrar esta ocasião especial em que uma escultura de Miguel Rodrigues se expõe num lugar com tanto significado patrimonial, o artista criou uma edição especial de duas esculturas inspiradas no local: “Há mar e mar” e “Há ir e voltar”. Exibidas exclusivamente no dia da inauguração, na segunda-feira 28 de Julho de 2025.
DINASTIA #8, de Miguel Rodrigues, patente ao público, de 28 de Julho a 30 de Setembro de 2025, na praça central da Marina de Cascais.
"Fiz a minha primeira exposição há onze anos, posso dizer que sou escultor ou que trabalho profissionalmente em escultura como artista, há onze anos. O material que eu uso é chama-se PTG, é uma espécie de um acrílico, que eu comecei a usar na Faculdade de Belas Artes, porque na altura, nós tínhamos que nos especializar num material, ou em pedra ou em madeira e eu pensei em algo que fosse contemporâneo, especializei-me em plásticos e desde aí tenho usado sempre materiais contemporâneos, para tentar recriar idéias barrocas antigas, mas vistas de uma perspectiva actual e tentando dar um toque contemporâneo à peça.
Dinastia #8, esta peça esteve em exposição no ano passado no Palácio Fronteira e nessa altura resolvemos nomear as peças todas com o nome da exposição e numerá-las. Esta era a peça número oito, da exposição DINASTIA e resolvemos numerá-las e tê-las todas com com o mesmo nome, para seguir a lógica de uma dinastia, de uma família, que mantém sempre o mesmo apelido, mas que continua as gerações de uma para a outra, esta é como se fosse a oitava geração daquela família que nasceu em Fronteira.
As outras duas esculturas, foram feitas de propósito, só para este dia e para estarem aqui, foram inspiradas, desde logo na Marina, no sítio onde estamos, mas também muito nos barcos, nas velas, mas também fazer uma relação do que do que vinha do Palácio Fronteira com a ideia de Cascais ser uma Fortaleza e Fronteira foi um espaço importante na Restauração da Independência e portanto peguei nesses elementos todos para criar estas espécies de velas ao vento que guiam aqui na marina." Miguel Rodrigues