Orquestra Sinfónica de Cascais |
Sinfónica de Cascais evoca "Paz e Liberdade" em
Concerto de Ano Novo
no Salão Preto e Prata do Casino Estoril
O tradicional Concerto de Ano Novo 2025 "Paz e Liberdade" realizado pela Orquestra Sinfónica de Cascais e dirigida pelo Maestro Nikolay Lalov, esgotou o Salão Preto e Prata do Casino Estoril, na tarde de domingo, 05 de Janeiro de 2024.
O primeiro concerto do ano, da Orquestra Sinfónica de Cascais, aconteceu sob a temática “Paz e Liberdade”, duas palavras com uma forte presença nas obras dos prestigiados compositores do repertório deste encontro entre músicos e público. Obras criteriosamente escolhidas pelo Maestro Nikolay Lalov, com as suas habituais introduções, comentários e reflexões.
"Este concerto de Ano Novo, significa muito. Em primeiro lugar é a esperança pelo Ano Novo. Que estamos sempre a falar agora de 2025, também por muitas preocupações. Não é por acaso que as pessoas na passagem de ano festejam tanto, porque o optimismo vence sempre. E nós estamos também a pensar nisso. Agora estes concertos, são marcantes. São um pouco diferentes. Como já disse, não é possível repetir aquilo que Viena faz com as suas valsas, por isso é que eu escolho estes temas, conforme era o tema do amor, no passado, diferentes momentos, porque fazem de uma forma, juntar peças que são completamente diferentes. Estilos diferentes, mas parece que o público gostou e muito. Paz e Liberdade, porque a Liberdade também neste momento estamos a falar. A primeira peça era símbolo de Liberdade, aquela liberdade , como já disse durante a apresentação. A Paz e Liberdade são duas coisas que existem de uma forma imaginária em cada um de nós. Dentro de nós temos de ter Paz, dentro de nós temos de ter Liberdade. Muitas vezes estamos condicionados. A Liberdade absoluta como sabemos não existe. Temos sempre aqueles condicionantes. Agora o mundo neste momento está num momento difícil e eu acho que esta mensagem de paz e liberdade, era também por um lado, a liberdade em si, mas a que custo? E é isso que falamos muitas vezes. Por isso é que a revolução portuguesa de 75 foi este símbolo fantástico com a flor, porque no final foi feita de uma forma pacífica.
Foi uma hora e meia de concerto a festejar e a passar uma mensagem de paz. Eu acho que as pessoas também perceberam, aquilo que eu tentei, através da música e com a ajuda dos grandes compositores, que são todos aqueles que apresentamos." Maestro Nikolay Lalov
Nikolay Lalov é Diretor Artístico e Maestro Titular da Sinfónica de Cascais e da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras
Ainda a propósito do magnífico Concerto de Ano Novo 2025, e no final deste, perguntei à socialite Lili Caneças, familiarizada com a música clássica desde criança, pois ouvia a mãe, pianista clássica, a tocar ao piano, as músicas dos grandes compositores clássicos, a revelar-nos a sua opinião sobre o momento especial que tínhamos acabado de viver:
- Normalmente a música clássica é para uma classe mais erudita, mais culta e este maestro tem o dom de democratizar a música clássica e de a tornar acessível a todas as classes sociais, porque ele explica o que é uma valsa, o que é uma polka, como é que era o piano de Chopin, que o piano de Chopin caiu pela janela, como é que era a cama de Chopin muito pequenina. Mas ele era um génio. Eu estive lá na casa de Chopin.
E ao contar as histórias e ao dizer, porque esta valsa aconteceu, porque é que esta polka aconteceu, porque é que esta marcha aconteceu. Ele conta a história de cada música, como se contasse a história de um filme. De maneira é que eu acho que ao democratizar a música, torna-a acessível e daí estes concertos da nossa Sinfónica de Cascais, pelo menos estes aqui de Ano Novo, estão sempre, sempre, sempre esgotados.
Portanto, parabéns maestro! Ele é búlgaro, a filha é a primeira violino. Porque de facto nós saímos daqui de alma cheia. A música é de facto um caminho para a felicidade. E como ele diz, porque depois mete também um pouco de política à mistura, pode ser também um caminho para a Paz no Mundo.